05/09/2021 às 13h00min - Atualizada em 05/09/2021 às 13h00min

Com o preço da gasolina nas alturas, veja dicas para economizar

Especialistas deram 12 dicas eficientes para economizar combustível

Marcos Antonio - Marcos Imprensa
NDMAIS

A cada semana, o preço da gasolina surpreende motoristas – Foto: Prefeitura de Itajaí/Divulgação ND
Ela não para de subir. O preço da gasolina comum teve novo reajuste recentemente e o valor ultrapassou os R$ 6 em Santa Catarina.  Em Joinville, no Norte do Estado, está sendo vendida entre R$ 5,51 e R$ 5,69.
A reportagem do Portal ND+ foi buscar dicas de como economizar no combustível.

Conversou com o Leonel Cancino, doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor do curso de engenharia automotiva da UFSC campus Joinville.

Também ouviu Luiz Fernando Hagemann, arquiteto, mestrando em urbanismo sustentável e coordenador de Mobilidade da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Joinville.

Os dois especialistas passaram dicas muito eficientes que vão fazer você economizar e refletir.

Confira 12 dicas eficientes:

Não arrancar e frear bruscamente
Segundo o professor Leonel Cancino, andar devagar ou rápido demais são dois vilões do consumo do combustível. O ideal é sempre andar entre 2000 e 3000 RPM (rotação por minuto). Pelo menos, essa é a média para carros de passeio. Se acelerar muito, a agulha da RPM passa de 3000 e isso vai exigir mais do carro e, por consequência, mais combustível. Se baixar de 2000 também é um problema. Essa dica vale, especialmente, para as cidades onde há congestionamentos. Não tem por que o motorista arrancar com força e logo em seguida ter de frear porque cada vez que o freio é acionado, o motorista perde energia, combustível e dinheiro. Portanto, ande na maciota. E fique de olho no relógio da RPM bem na sua frente.
Ar-condicionado: quando usar e não usar?
O uso vai depender da velocidade do veículo. Na cidade, quando o carro não está em alta velocidade, o ideal é não usar o ar-condicionado e manter os vidros abertos. Claro que vai haver dias em que o calorão vai predominar e aí não tem jeito. Agora, quando você está em alguma rodovia, com o veículo acima de 100 km/h, o recomendável é fechar os vidros do carro e, aí, se necessário, usar o ar-condicionado. Isto porque, a partir dessa velocidade, explica o professor Leonel, forças são exercidas sobre o veículo (força de arrasto é a principal delas) e se o veículo estiver com vidros abertos vai gastar, em média, 40% a mais de combustível. Então, é melhor fechar os vidros e ligar o ar.
Calibre os pneus
 Pneus murchos gastam mais combustível porque vão exigir mais força, energia do carro, e portanto, mais combustível. Além do que pneus murchos estão mais suscetíveis a rasgos e furos.
O Sistema de Controle do Veículo precisa estar ajustado/calibrado
É a parte eletrônica do carro, onde tem, por exemplo, a sonda lambda (sensor de oxigênio). Segundo o professor, esses vários sensores determinam funções, como fluxo de ar, o que vai resultar no consumo maior ou menor de combustível. O importante é fazer a revisão do veículo a cada seis meses ou 10 mil km em concessionárias ou em mecânicas especializadas. A revisão vai apontar se o motor está operando bem e outras falhas serão detectadas.
Cuidado com o peso que carrega
Quanto mais peso que o seu carro levar mais combustível irá gastar. É a lógica da força. Se o carro precisa de mais força para andar, precisará de mais combustível. Carregue só aquilo que realmente precisa.
Evite acessórios no veículo
Ex: se o veículo tiver uma grade em cima, bagageiro de teto auxiliar, porta-bicicleta, enfim, qualquer apêndice, vai consumir mais gasolina. Portanto, cuide da aerodinâmica do carro. Só use acessórios se realmente for útil no seu dia a dia.
 Faça a manutenção preventiva
Deve estar na sua lista também. Filtros entupidos, óleo fora da especificação, falta de água na refrigeração, freios raspando, entre outros, tiram a potência do veículo, obrigando o motorista a pisar mais fundo no acelerador para conseguir igual desempenho. Isto sem contar que esses probleminhas podem te deixar na mão a qualquer hora.
Trace a rota, saia mais cedo, antecipe-se
Se você sabe que vai pegar trânsito intenso em tal horário, fuja do horário de rush. Além disso, procure ter uma visão mais abrangente possível do trânsito, antecipando-se a paradas bruscas. Outra dica importante é saber exatamente onde se quer chegar para evitar de ficar rodando sem encontrar a rua. Por isso, planeje seu trajeto e use os aplicativos, como Waze e Google Maps, a seu favor.
Reavalie as necessidades do deslocamento
Hoje, muita gente vai até a padaria perto de casa de carro. Mas precisa ir de carro? questiona Luiz Hagemann. O segundo passo é escolher o melhor meio de transporte para ir a padaria, por exemplo. Bicicleta é sempre uma boa. Mas também é possível ir a pé e, de quebra, ajudar a sua saúde. Explore a cidade, seja caminhando ou de bicicleta, sugere o arquiteto e urbanista. Dessa forma, você poderá descobrir uma rota diferente, mais curta, ou até um lugar que não conhecia dentro da cidade.
Carona solidária
Se você tem um vizinho, um amigo, um colega de trabalho que mora próximo e vai para o mesmo destino, por que não pegar uma caroninha? Menos poluição no ar, menos gastos e mais socialização.
Transporte coletivo
Usar o ônibus sempre é essencial. Com a pandemia, as  linhas estão reduzidas, mas a tendência é de melhorar a qualidade. A Prefeitura de Joinville está atuando para elevar a qualidade do transporte coletivo e atrair mais passageiros.
Adote a bicicleta como um meio alternativo
A nossa zica sempre é uma boa pedida. Inclusive, Joinville tem uma lei de 2016 chamada “Empresa Amiga da Bicicleta”. É um selo dado a empresas que proporcionam uma estrutura para que o funcionário possa ir para o trabalho de bicicleta, oferecendo bicicletário e vestiário, por exemplo.  A dica de Luiz Fernando Hagemann é demandar isso das empresas. “Não basta só melhorar a infraestrutura viária da cidade. O empregador também tem de pensar nas necessidades do seu funcionário e ofertar uma estrutura para que estimule o uso da bicicleta. Se oferece vaga de estacionamento, por que não oferecer um bicicletário?”, provoca o arquiteto.
 


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