11/11/2021 às 10h44min - Atualizada em 15/11/2021 às 00h00min

A saúde do homem, muito além do câncer de próstata

Mês mundial de combate ao câncer de próstata, novembro é também uma oportunidade para chamar atenção para os cuidados com a saúde do homem

SALA DA NOTÍCIA Pollyana Cabral

jinjireh

A saúde do homem, muito além do câncer de próstata

Mês mundial de combate ao câncer de próstata, novembro é também uma oportunidade para chamar atenção para os cuidados com a saúde do homem
 
O objetivo da campanha Novembro do Azul é conscientizar a população masculina sobre a importância dos cuidados preventivos no combate a problemas de saúde que atingem os homens, em especial o câncer de próstata. De acordo com dados do IBGE, homens brasileiros vivem, em média, sete anos a menos que mulheres e apresentam maior incidência de certas doenças. Para o urologista do Hospital Brasília Fransber Rodrigues, questões culturais e desinformação ainda são grandes barreiras a ser enfrentadas para que os homens possam adotar uma rotina de cuidados preventivos com a saúde.

De acordo com o especialista, o cuidado com a saúde deve começar desde cedo. “Desde a adolescência é preciso orientar quanto à prevenção de paternidade não planejada e infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, os jovens precisam ser devidamente aconselhados sobre os riscos do tabagismo, uso de drogas e abuso de álcool. Inúmeras neoplasias são desencadeadas por esses hábitos, que geralmente iniciam na juventude”, aconselha.

Em relação aos exames preventivos de rotina, o urologista indica que o monitoramento deve ser iniciado partir dos 40 anos. Eventualmente, em casos de histórico familiar de doenças cardiovasculares, é ideal que se procure um clínico, médico de família ou mesmo cardiologista para realização de avaliação cardiovascular antes mesmo dessa idade. Já o monitoramento preventivo em relação ao câncer de próstata deve ser iniciado a partir dos 50 anos de idade – e aos 45 anos para quem tem histórico familiar da doença.

Por fim, o urologista alerta que, além dos cuidados preventivos com a saúde, existe ainda a necessidade de afastar da rotina hábitos que se tornam fatores de risco para inúmeras doenças, como tabagismo, alimentação ruim e sedentarismo. “O preconceito, a vergonha e as barreiras culturais ainda mantêm os homens longe dos consultórios médicos. Culturalmente homens não costumam buscar assistência médica a menos que apresentem sintomas. E apenas quando esses sintomas já se encontram em estado avançado, tornando menores as chances de recuperação completa. É preciso que a população masculina volte sua atenção para o cuidado preventivo com a saúde, principalmente depois dos 40 anos”, finaliza o médico.

Palavra de quem superou o câncer de próstata e dá o exemplo
Aos 73 anos, José Roque, paciente do urologista Fransber Rodrigues, precisou realizar uma prostatectomia em junho deste ano. Mesmo antes do procedimento, o aposentado, que desde os 45 anos esteve atento aos cuidados preventivos com a saúde, vinha monitorando uma hiperplasia prostática benigna pelos últimos 20 anos.

“Eu sempre fiz o monitoramento desse problema. Faço acompanhamento com o urologista desde os 50 anos. Segui religiosamente todas as recomendações médicas. Entretanto, por conta da pandemia e por não estar sentindo mal-estar, só fiz os exames de monitoramento da doença seis meses depois do prazo estabelecido. Foi tempo suficiente para que o quadro evoluísse tornando necessária a realização da cirurgia”, relata o aposentado.

Hoje, já plenamente recuperado do procedimento, o pai de seis filhos e avô de 13 netos conta que já retornou ao estilo de vida ativo e aconselha familiares e amigos sobre a importância dos cuidados de rotina com a saúde. “Caminho 5km por dia, cuido da minha alimentação, evito os excessos e aconselho meus filhos, sobrinhos e todos que nos cercam sobre a importância do cuidado com a saúde. Não apenas o câncer de próstata, mas muitas outras doenças se desenvolvem em nós, homens, apenas porque não achamos necessário cuidar da nossa saúde antes que os problemas se desenvolvam de forma que seja tarde demais para tratar”, finaliza José.


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