16/11/2021 às 17h27min - Atualizada em 17/11/2021 às 00h00min

Erisipela é uma afecção séria, mas se identificada no início reduz a evolução e tem cura

Tratamento deve ser realizado de forma precoce para evitar o agravamento do problema

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Erisipela é uma inflamação com infecção dos vasos linfáticos aguda bacteriana, associada à dermatite, celulite e linfadenite (inflamação/infecção da pele, tecido celular subcutâneo e linfonodos). A epiderme com a doença apresenta vermelhidão e calor local, e pode evoluir para a formação de bolhas. A erisipela acomete mais os membros inferiores, mas também pode aparecer nos membros superiores e até mesmo na face. Os principais sintomas são: dor, calor, rubor (região avermelhada), edema (inchaço), linfadenopatia (íngua), febre alta, eventuais vômitos e dor de cabeça.

O facilitador para o surgimento dessa doença é a lesão de continuidade na pele íntegra, como frieira entre os dedos dos pés; coçar fortemente a pele escarificando-a; e machucados que possibilitem às bactérias que vivem normalmente na pele infectar os vasos linfáticos. A erisipela, em algumas regiões do Brasil, é  muito comum devido à filariose, que é uma doença infecciosa transmitida para as pessoas por meio da picada do mosquito Culex Quinquefasciatus (pernilongo) que está infectado. Além disso, úlceras em quadros de pés diabéticos com ferimentos também são fatores influentes para o surgimento de erisipela. 

O diagnóstico é feito após exame clínico minucioso, e a forma de tratamento é a antibioticoterapia para tratar os sintomas gerais e a porta de entrada, ou seja, o ferimento que levou à infecção linfática. A duração do tratamento varia de acordo com a resposta clínica, e pode se estender de cinco a 14 dias. O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Bruno Naves, afirma que o procedimento deve ser realizado de forma mais precoce possível para evitar o agravamento da infecção com acometimento de outros órgãos, quadro chamado de septicemia.

Ele também explica que a obesidade pode ser um fator de risco para a doença, pois, às vezes, pode causar dificuldade em enxugar os pés, e a umidade pode levar ao aparecimento de fungos, e ocasiona, assim, uma lesão de continuidade, o que faz desenvolver uma erisipela. “O obeso tem uma lentificação funcional do retorno linfático e, eventualmente, esse estado pode ajudar no aparecimento da doença”, diz o especialista.

Para evitar a erisipela, Dr. Naves recomenda sempre secar bem entre os dedos dos pés, fazer um autoexame nos membros inferiores à procura de pequenos ferimentos, hidratar bem a pele e, em caso de picada de inseto, não coçar, mas usar creme hidratante.
 


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