30/03/2022 às 16h31min - Atualizada em 31/03/2022 às 00h01min
Alerta de roubo: 4 dicas para proteger as criptomoedas contra os cibercriminosos
Ter duas carteiras digitais distintas para realizar tarefas diferentes, não acessar o Google Ads ou realizar teste de transações são medidas que protegerão os usuários de roubo de dados e de criptomoedas
Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software
As criptomoedas são um mundo relativamente novo que gerou muito interesse nos últimos dois anos.Muitas pessoas correm para comprá-las, seja por seus baixos custos de transação, confidencialidade ou descentralização, entre outros motivos. Mas, esse “boom” também implica certos riscos que não precisam ser apenas econômicos ou financeiros.Na verdade, o ransomware baseado em criptomoeda esteve envolvido em milhares de incidentes de segurança cibernética globalmente nos últimos meses e esse número está aumentando.
Por isso, a Check Point Software Technologiesalerta os consumidores sobre os riscos cibernéticos presentes na compra de criptomoedas e enumera quatro dicas fundamentais para que seus usuários se protejam contra os cibercriminosos presentes nas plataformas dedicadas a esse novo mercado:
• Diversificar as carteiras digitais: Ter uma carteira privada é o primeiro passo para poder comprar e vender criptomoedas. Uma das dicas para mantê-las seguras é ter no mínimo duas carteiras digitais de criptomoedas diferentes.O objetivo é que o usuário possa utilizar uma delas para armazenar e manter suas compras e outras para negociar e trocar criptomoedas; desta forma, os usuários manterão seus ativos mais protegidos, pois apenas uma carteira interagirá com sites externos e troca de criptomoedas.Se um cibercriminoso conseguir acessar a carteira da exchange por meio de qualquer ataque no site externo conectado a ele, a outra permanecerá segura.
• Ignorar anúncios: os usuários geralmente pesquisam plataformas de carteira bitcoin no Google. E é nesse momento que eles podem cometer um dos maiores erros: clicar em um dos anúncios do Google Ads que aparecem em primeiro lugar.Os cibercriminosos costumam estar por trás desses links, criando sites maliciosos para roubar criptomoedas dessa carteira. Portanto, é mais seguro acessar páginas da web que aparecem mais abaixo no mecanismo de pesquisa e que não são um anúncio do Google Ads.
• Teste de transações: há momentos em que muitas pessoas têm excesso de confiança e os cibercriminosos se aproveitam disso. Para evitar cair em alguma armadilha, uma das medidas que podem ser colocadas em prática pelo consumidor, antes de enviar grandes quantias em criptomoedas, é primeiramente enviar uma transação “teste” com um valor mínimo. Dessa forma, no caso de a transação ser direcionada para uma carteira falsa, será mais fácil detectar o engano e arcar com o menor dos prejuízos.
• Atenção redobrada para aumentar a segurança: uma das melhores medidas a serem implementadas para se proteger de qualquer tipo de ataque cibernético é ativar a autenticação de dois fatores nas plataformas em que o usuário possui conta.Dessa forma, quando algum atacante tentar entrar em alguma delas de forma irregular, será recebida uma mensagem para verificar sua autenticidade, evitando que um cibercriminoso tenha acesso. Com a autenticação de dois fatores, em vez de requerer apenas uma senha para autenticação, o login em uma conta exigirá que o usuário envie uma segunda informação, tornando-a mais segura.
“O mercado de criptomoedas está atraindo cada vez mais consumidores ou investidores. É importante que todos os usuários e proprietários de criptomoedas tomem precauções extremas e coloquem todos os seus sentidos em alerta para evitar cair na armadilha dos cibercriminosos. Tomar medidas como ter duas carteiras para atividades diferentes ou não acessar o Google Ads são algumas das quais devemos levar em consideração para manter as criptomoedas adquiridas seguras”, reforça Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Software Brasil.