12/05/2022 às 14h12min - Atualizada em 13/05/2022 às 00h01min

Maio Amarelo alerta também para sequelas fonoaudiológicas em vítimas de traumas

Lesões na cabeça estão entre principais causas de problemas de fala, audição e deglutição; atuação de fonoaudiólogos é fundamental para recuperação de pacientes

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Vivemos, neste mês, a campanha do Maio Amarelo, que alerta toda a sociedade para o alto índice de mortes e feridos em acidentes de trânsito em todo o mundo. Segundo os últimos dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem em todo o planeta como consequência de acidentes de trânsito. Os números, de 2009, mostram, ainda, que 50 milhões de indivíduos sobreviveram a acidentes naquele ano, porém, com sequelas.
                               É a nona maior causa de mortes no globo. E a previsão do organismo é de que, até 2030, seja superado o índice de 50 milhões de pessoas com traumatismos e ferimentos em decorrência de acidentes de trânsito anualmente. É uma conscientização necessária que atinge todas as camadas da população.
                               Uma das sequelas que mais afeta a vida dos acidentados é o trauma de face. “Ele pode apresentar uma repercussão nas atividades funcionais da fala, da audição e da deglutição de quem sofre um acidente, deixando sequelas permanentes”, indica o fonoaudiólogo Cristhiel Coelho, com especialização em Fonoaudiologia Hospitalar com expertise em atendimento de traumas de cabeça e pescoço, integrante do Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO 3).
                               Segundo o fonoaudiólogo, o trauma de face precisa ser reparado de maneira adequada, com toda a agilidade necessária. “Quanto mais rápido o atendimento, menores as chances de um dano irreparável”.
                               Além das questões de autoestima – com a possibilidade de deformação de rostos e cicatrização aparente -, a chance de uma fratura do osso temporal, de uma lesão nasal ou do trato vocal podem afetar – e muito – a qualidade de vida dos pacientes. “Em um acidente de trânsito, as partes superiores do corpo estão muito expostas, sujeitas a diversos tipos de impactos que podem causar efeitos devastadores na vida de condutores, passageiros e pedestres”, alerta o fonoaudiólogo.
                               Crianças e bebês sofrem ainda mais com essas sequelas, já que ainda não possuem toda a sua estrutura da face completamente desenvolvida. “Ou seja, além de afetar o pleno desenvolvimento dos órgãos e funções da região, um acidente de trânsito pode ser responsável por condições que são especialmente difíceis de serem tratadas nesse tipo de púbico”, relata Cristhiel Coelho que atua no atendimento de traumas de cabeça e pescoço.
                               O trabalho do fonoaudiólogo, nessas situações, é fundamental, dentro de uma equipe multidisciplinar de profissionais, para que a recuperação do paciente ocorra no tempo adequado e traga os resultados esperados. Técnicas e abordagens específicas, avaliadas caso a caso, realizadas com a agilidade necessária, são cruciais para que crianças, jovens, adultos e idosos consigam realizar com sucesso um trabalho de reabilitação.
                               É o caso do tratamento de possíveis sequelas do traumatismo craniano. Lesões neurológicas podem alterar desde as habilidades na comunicação humana à paralisia facial e provocar a dificuldade em engolir, podendo apresentar alterações nas habilidades de coordenar respiração e a deglutição. Como explica o profissional, “há casos em que o paciente precisa reaprender a respirar, a comer, a beber água. São situações muito delicadas, que exigem a atuação de profissionais especialistas, como o fonoaudiólogo, para promover uma longa tentativa de recuperação”.
                               Ele cita, ainda, os problemas cognitivos como uma das possíveis consequências do traumatismo craniano. E vê as campanhas como o Maio Amarelo como necessárias para melhorarmos o cenário. “Já que não podemos acabar com o problema, conhecer o problema e seus efeitos é o melhor meio para reduzirmos as taxas de acidentes e possíveis sequelas”, finaliza.
 
SOBRE O CREFONO3
O Conselho Regional de Fonoaudiologia - 3ª Região (CREFONO3), atuante no Paraná e em Santa Catarina, constitui, em conjunto com o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), uma autarquia federal. É responsável por zelar pelo cumprimento das leis, normas e atos que norteiam o exercício da fonoaudiologia, a fim de proteger a integridade moral da profissão, dos profissionais e dos usuários diretos.
Ao zelar pelo exercício regular da profissão, o CREFONO3 protege o fonoaudiólogo daqueles que exercem inadequadamente ou ilegalmente a profissão, além de proporcionar melhores condições para que a população tenha um atendimento adequado ao consultar o profissional.
 


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