19/05/2022 às 17h54min - Atualizada em 20/05/2022 às 00h00min

ABIOVE apresenta potencial de produção de óleos vegetais em evento sobre combustíveis renováveis

País produz cerca de 11 milhões de toneladas de óleos vegetais, mas existe potencial para aumentar esse volume em quase 150%

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A atual produção brasileira de óleos e gorduras vegetais é suficiente para atender a demanda pelo B20 (20% de biodiesel adicionado ao diesel comercial). O amplo potencial de crescimento da produção pode ser feito com o aumento do esmagamento doméstico de soja e de caroço de algodão. Também existem oportunidades nas cadeias produtivas da palma, canola, girassol e amendoim.

Esta foi uma das análises feitas pelo economista-chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), Daniel Furlan Amaral, durante o 2º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV), realizado no último dia 17 de maio, em Natal (RN).

Daniel apresentou números de produção e outros dados importantes da cadeia produtiva de oleaginosas, gorduras e biodiesel, como número de empregos, renda e os aspectos relacionados à sustentabilidade dessas atividades. A estimativa da safra de soja para este ano é de 125,4 milhões de toneladas, com um processamento do grão na casa das 48 milhões de toneladas. Já a produção de farelo de soja será de 36,7 milhões e a de óleo de soja de 9,7 milhões de toneladas.

O volume de óleo soja somado ao de óleos vegetais de outras fontes, como o de caroço de algodão e o de palma, alcança um total de 11 milhões de toneladas. Porém, existe potencial para se chegar a 27 milhões de toneladas, o que incrementaria a oferta de matéria-prima para a produção de biodiesel e de alimentos.

“Se, já no curto prazo, forem implementadas ações para fortalecer o programa nacional do biodiesel, haverá estímulo ao processamento de oleaginosas e, portanto, mais oferta de óleos e farelos vegetais. Com a maior produção e consumo de biodiesel, o Brasil terá maior segurança energética pela redução da importação de diesel mineral, menor emissão de CO₂, melhoria da qualidade do ar, fomento à agricultura familiar e geração de emprego e renda, bem como ampliação da produção de rações animais”, comenta o executivo.

Vale destacar que, segundo levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), a cadeia produtiva da soja e do biodiesel gerou PIB de R$ 745 bilhões e mais de 560 mil empregos diretos, em 2021. 

Diante dos expressivos números, Daniel Amaral ressalta a importância de se retomar o crescimento da mistura de biodiesel ainda em 2022. “É fundamental retomar o cronograma oficial do aumento da mistura definido pela Resolução nº 16/2018 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a fim de que o biodiesel possa proporcionar ao país os benefícios econômicos, sociais e ambientais já documentados”, finaliza Amaral.

Acesse a apresentação clicando aqui
 


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