30/06/2022 às 16h35min - Atualizada em 01/07/2022 às 00h10min

Coqueluche: Como é diagnosticada e quem está em risco?

Pneumologista e Infectologista do São Cristóvão Saúde explicam os sintomas e o tratamento da doença e esclarecem esquema vacinal para doses de imunização

SALA DA NOTÍCIA Fernanda Martinelli

A coqueluche, também chamada de tosse comprida, é uma infecção respiratória aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis, que se hospeda no nariz, boca e garganta e é transmitida por gotículas de saliva expelidas durante a tosse, espirros e fala. Porém, mais raramente pode ser transmitida por fômites, objetos inanimados que transportam micro-organismos, como talheres e copos. A bactéria está presente em todo o mundo e, pela semelhança dos sintomas da coqueluche com os de outros tipos de doenças, o diagnóstico é dificultado e, muitas vezes, obtido em casos mais avançados, o que compromete o tratamento do paciente. 

Médico pneumologista do São Cristóvão Saúde, o Dr. Nelson Morrone Junior afirma que a doença pode se estender de 45 a 90 dias: Os sintomas mais característicos são tosses com guincho, podendo ocorrer febre, coriza e mal-estar generalizado. Pode acometer qualquer faixa etária, mas a contração é mais perigosa em crianças de baixa idade. Como complicações, temos pneumonia, otite e convulsões”. 

O diagnóstico é feito por swab oral (cotonete grande, passado na garganta para coletar amostra), tanto por cultura com isolamento da Bodetella ou exame do PCR do DNA da bactéria positivo. “O tratamento é realizado com antibiótico da classe dos macrolídeos (Azitromicina e Claritromicina) e deve ser iniciado nos primeiros dias de sintomas. Embora a tosse possa persistir por cerca de 1 mês, mesmo com o tratamento, os cuidados médicos diminuem muito a transmissibilidade da doença”, diz Dr. Nelson Morrone. 

Quarentena

Como medida de segurança para inibir o contágio de outras pessoas, o paciente acometido deve fazer o isolamento respiratório, distanciamento, usar máscaras e evitar tossir e espirrar sem proteger a boca. De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas aparecem, em média, de 5 a 10 dias desde o momento da infecção – o que pode variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias. 

A morbidade da coqueluche no país já foi elevada, mas esse número caiu abruptamente a partir de 1983 e mantém, até os dias atuais, tendência decrescente. Ainda segundo dados públicos, no início da década de 1980 eram notificados mais de 40 mil casos anuais da doença, e o coeficiente de incidência era superior a 30/100.000 habitantes. A partir de 1995, observou-se um declínio do número de casos e aumento da cobertura vacinal, o que foi acentuado de 1998 em diante, resultando na mudança do perfil epidemiológico da coqueluche no país.

Infectologista pelo São Cristóvão Saúde, Dra. Andreia Maruzo Perejão complementa com informações sobre as doses de imunização: “A vacina está no calendário básico de vacinação da criança, a partir de 2 meses de idade (aos 2, 4 e 6 meses e reforço aos 15 meses e de 4 a 6 anos de idade. Atualmente, existe recomendação de reforço também a partir dos 10 anos”. Segundo a especialista, esse reforço é necessário visto que, ao longo dos anos, perde-se a imunidade e por isso é preciso seguir o calendário vacinal e mantê-lo em dia. 

“Principalmente grupos especiais, como doentes crônicos, gestantes, imunossuprimidos, devem ficar atentos com as datas. Para as gestantes, é importante a vacinação após a 20ª semana de gestação, de modo a proteger o bebê até que ele inicie o seu próprio esquema vacinal, além de colaborar para que a gestante não adoeça e não transmita doenças ao recém-nascido”, destaca Dra. Andreia, ressaltando que a vacinação também é  essencial para a família e pessoas próximas ao bebê. 

“Em adultos, os casos costumam ser mais leves e podem ser confundidos com resfriados comuns”, reitera Dr. Nelson, salientando a importância do diagnóstico para evitar ou diminuir a transmissão. Atualmente, a letalidade da doença é mais elevada no grupo de crianças menores de um ano, particularmente naquelas com menos de seis meses de idade, que concentram quase todos os óbitos por coqueluche.  

Abaixo, listamos informações sobre as doses de vacina para Coqueluche:
Postos de Saúde 
•    Inclusa na Pentavalente: 2 meses, 4 meses e 6 meses;
•    Reforço: com 15 meses e 4 anos de vida, utilizando a DTP;
•     A dTpa está recomendada em todas as gestações, pois além de proteger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto, protegendo-o nos primeiros meses de vida até que possa ser imunizado.

Clínicas Particulares de Vacinação
•    Inclusa na Hexavalente acelular: 2 meses e 6 meses;
•    Pentavalente acelular: 4 meses e reforço com 15 meses de vida;
•    Reforço: 4 anos de vida com a dTpa + Salk;
•    dTpa: Reforço de 9-10 anos de vida.
•    A dTpa está recomendada em todas as gestações, pois além de proteger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto protegendo-o nos primeiros meses de vida até que possa ser imunizado.
    
Unidades São Cristóvão Saúde:
Centro Ambulatorial Américo Ventura II
Avenida Paes de Barros, 635 – Mooca, São Paulo - SP
Telefone: (11) 4305-2052
Funcionamento: Segunda a Sexta - 7h30 às 19h / Sábado: 7h30 até 12h.

Centro Ambulatorial Américo Ventura IV
Rua Capitão Pacheco Chaves, 313 - Mooca Plaza Shopping - Piso L2
Telefone: (11) 2029.7200 - Ramal 7005
Funcionamento: Segunda a Sexta - 7h30 às 19h30 / Sábado: 7h30 até 15h.
 
Sobre o Grupo São Cristóvão Saúde

Administrado pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde possui 10 Unidades de Negócio, que englobam: Hospital e Maternidade, Plano de Saúde, Centros Ambulatoriais, Centro Cardiológico, Centro Laboratorial (CLAV), Centro Endogástrico (CEGAV), Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP Dona Cica) e Filantropia. Referência em saúde, na cidade de São Paulo, a Instituição completou 110 anos em dezembro de 2021. O Grupo promove uma grande modernização e expansão em sua estrutura física e tecnológica, investindo em equipamentos, certificações e profissionais qualificados. Atualmente, o complexo hospitalar conta com 309 leitos, além de oito Centros Ambulatoriais, que realizam milhares de consultas, proporcionando qualidade assistencial às mais de 156 mil vidas do Plano de Saúde e 16 mil vidas do Plano Odontológico.

 O Grupo São Cristóvão Saúde tem como Presidente/ CEO o Engº Valdir Pereira Ventura, responsável pelas Unidades de Negócio e, desde 2007, atuando à frente das decisões Institucionais. 

 


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