05/07/2022 às 11h17min - Atualizada em 06/07/2022 às 00h01min

Planejamento educacional é fundamental para melhores posições no mercado

Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha e Otacílio Lopes de Souza da Paz (*)

SALA DA NOTÍCIA Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha; Otacílio Lopes de Souza da Paz

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Segundo reportagem da Revista Exame publicada em 14 de junho de 2021, um brasileiro com graduação chega a ganhar até 140% a mais que outro que cursou até o ensino médio. Este provável incremento na renda média incentiva os jovens a continuarem seus estudos, ingressando no ensino superior, a fim de conseguir melhores posições no mercado de trabalho.

Mesmo com a oferta do ensino público em todos os níveis, a máquina pública não consegue contemplar todos os interessados existentes. Disso, criou-se uma cultura da seleção universitária, composta por termos como vestibular, exame nacional do ensino médio, cursinhos e notas de corte. Também, em parceria com a iniciativa privada, uma ampla gama de siglas surge nos programas de financiamento estudantil do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – o FNDE.

A transição entre o ensino médio e o ensino superior é como um “funil”. Parte dos estudantes seguirão seus estudos e parte não seguirá uma formação universitária. Os motivos para essas escolhas são diversos, de questões socioeconômicas, até a subjetividades culturais. Mas, podemos apontar um grande empecilho em comum: a falta de informação. Diversas são as possibilidades do ingresso no ensino superior, mas nem sempre esses caminhos estão claros aos jovens e seus pais.

Para começar, não necessariamente é preciso entrar em uma graduação. Existe uma miscelânea de cursos técnicos nas mais diversas áreas do conhecimento. O curso técnico é uma categoria formativa especial prevista no Sistema de Ensino Brasileiro, com duração de 1 a 2 anos e formação prática voltada ao mercado de trabalho. Ainda, existem os cursos tecnólogos, com uma formação mais aprofundada, durando de 2 a 3 anos, mas também voltando ao mercado de trabalho.

Já os cursos de graduação se dividem nas modalidades de bacharelado e licenciatura. Enquanto o bacharelado habilita o profissional a atuar em diversos seguimentos, a licenciatura foca na formação de docentes. A maioria dos cursos de graduação duram 4 anos. Cursos das áreas das engenharias e direito tem duração média de 5 anos e os cursos medicina chegam a 6 anos. Claro, esses valores médios não contam profissionais que optam tanto pela licenciatura como bacharelado e as residências técnicas obrigatórias.

Existem opções em instituições públicas e particulares. No âmbito públicos, cursos técnicos podem ser encontrados em instituições estaduais e federais, por vezes até integrados ao ensino médio. Tecnólogos e graduações são encontrados nas universidades estaduais e federais, além dos institutos federais que contam tanto com cursos técnicos, tecnólogos e graduações. Todas as opções citadas anteriormente são também encontradas no âmbito privado, com faculdades, centros universitários e universidades, que oferecem as mesmas modalidades de formação. Bolsas parciais ou integrais podem ser concedidas durante o processo seletivo. Ainda, existe a possibilidade dos financiamentos estudantis no momento do ingresso aos cursos ou mesmo no meio do curso.

É preciso também considerar gastos com aluguel, transporte, alimentação, impressões, fotocópias, livros, etc. Logo, todo curso vai também ter seus custos implícitos. Essas são algumas cartas que devem ser colocadas a mesa no momento de escolha da formação profissional. Tal como o planejamento familiar, o planejamento educacional deve ser presente nas discussões familiares. Além do “o que fazer”, o “como fazer” e o “onde fazer” também devem participar das escolhas de vida.


Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha, é Licenciada em Geografia e Especialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais e em Educação Ambiental, professora da Área de Geociências do Centro Universitária Internacional UNINTER.

Otacílio Lopes de Souza da Paz, é geógrafo e Doutor em Geografia. Professor da Área de Geociências do Centro Universitário Internacional UNINTER.
 


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