24/01/2023 às 10h21min - Atualizada em 27/01/2023 às 00h01min

Terapia gênica CAR-T Cell amplia possibilidade de cura do câncer

O oncologista Ramon Andrade de Mello afirma que novo tratamento é menos agressivo

SALA DA NOTÍCIA Emilly Santos

Divulgação
Os brasileiros já podem contar com a terapia gênica CART-T Cell, aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Esse tratamento amplia significativamente as possibilidades de cura de alguns tipos de câncer. É considerado menos agressivo que a quimioterapia, por exemplo, e mais eficaz”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A terapia vem sendo aplicada com grande sucesso em outros países há mais de uma década. Em 2017, o procedimento foi aprovado pela FDA, a agência de saúde do Estados Unidos. O princípio do tratamento consiste em fazer com que as próprias células de defesa do paciente sejam “treinadas” para combater tumores. “Na maioria das vezes, o paciente recebe uma única dose do medicamento, que promove ataque contínuo e específico contra determinado tipo de câncer”, detalha Ramon Andrade de Mello.

O tratamento promove a retirada do sangue do paciente das células T, que atuam como “soldados” do sistema imunológico. No próximo passo, elas são modificadas geneticamente em laboratório para reconhecer o tumor cancerígeno. Em seguida, elas são reintroduzidas à corrente sanguínea e promovem ataque contínuo às células doentes. “O procedimento visa destruir alvos específicos, sem danificar os demais, como ocorre com a quimioterapia”, esclarece o oncologista.

O tratamento aprovado em 2022 pela Anvisa é indicado para pacientes pediátricos e adultos jovens com até 25 anos de idade com diagnóstico de Leucemia Linfobástica (LLA) de células B, bem como para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes Células B.  Outros medicamentos já vêm sendo estudados por pesquisadores brasileiros.

Sobre Ramon Andrade de Mello
Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
 
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO). 
 
Dr. Ramon de Mello é oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
 
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