26/09/2023 às 13h04min - Atualizada em 27/09/2023 às 00h00min

Índice de obesidade aumenta entre os jovens, aponta pesquisa

Dados mostram que mais de 17% das pessoas entre 18 a 24 anos possuem risco para a doença

G1 SC
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/hospital-santa-catarina-blumenau/noticia/2023/09/26/indice-de-obesidade-aumenta-entre-os-jovens-aponta-pesquisa.ghtml


Dados mostram que mais de 17% das pessoas entre 18 a 24 anos possuem risco para a doença A obesidade é uma condição grave, que tem registrado índices cada vez maiores entre a população, especialmente na faixa etária mais jovem. De acordo com o Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies, a condição teve um aumento de 90% entre os brasileiros com idades de 18 a 24 anos em 2023. Segundo a pesquisa, em 2023, a incidência, que era de 9% no ano anterior, saltou para 17,1%.
Os números são preocupantes, já que nesta mesma faixa etária, 31,6% dos jovens já receberam diagnóstico médico de ansiedade e 32,6% comentaram que tiveram episódios de consumo abusivo de álcool nos 30 dias que antecederam a entrevista. Esse grupo também se mostrou o que menos consome frutas, verduras e legumes de forma regular. O levantamento ouviu mais de 19 mil brasileiros, por telefone, entre janeiro e abril deste ano.
Como a obesidade se desenvolve
A obesidade é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, e basicamente, ela acontece quando o balanço entre a ingestão e a queima de calorias está desproporcional. Mas, engana-se quem pensa que uma alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos são os únicos fatores de risco para ela. Fatores genéticos, psicológicos, e até sociais interferem para que a pessoa não tenha hábitos saudáveis, e assim, tenha como resultado o ganho de peso em excesso.
Fatores como hábitos alimentares inadequados, consumo excessivo de alimentos calóricos, dieta rica em gorduras e açúcares, falta de atividade física, estilo de vida sedentário são predominantes para o diagnóstico da obesidade. No entanto, há outras interferências, como a predisposição genética, as disfunções hormonais, distúrbios e condições metabólicas, entre outros.
O ambiente em que o paciente vive, e também, o acesso que ele tem a alimentos saudáveis e oportunidades para praticar exercícios físicos também desempenham papéis significativos. Embora a obesidade possa ocorrer em qualquer idade, inclusive entre as crianças, os riscos associados aumentam conforme as pessoas envelhecem. Mudanças hormonais, um estilo de vida menos ativo e a diminuição de massa muscular, condições normais do processo de envelhecimento, podem levar a um aumento considerável de peso.
Condição cada vez mais comum
No decorrer dos anos, a obesidade tem se tornado uma condição cada vez mais frequente, e os fatores sociais podem explicar essa alteração. Com as rotinas intensas e a correria do dia a dia, as pessoas diminuíram o tempo para preparar suas próprias refeições, recorrendo a opções mais práticas — a exemplo dos fast foods e alimentos ultraprocessados, compostos por altos teores de gordura e açúcar. Esses alimentos têm alto valor calórico e baixo valor nutritivo.
O cirurgião bariátrico, Felipe Koleski, que atua no Hospital Santa Catarina de Blumenau, comenta que em 2021, mais de 1,9 bilhões de pessoas apresentavam quadros de obesidade. Até 2025, a previsão é que esse número aumente para 2,3 bilhões de pessoas. Ou seja, o número de diagnósticos segue em constante aumento, o que representa um alerta para a população e os profissionais de saúde.
— Os sintomas de obesidade são indiretos, como o aumento da pressão arterial, a piora da apneia do sono, aumento das dores articulares devido ao excesso de peso, e outros. Hoje, a forma mais utilizada para o diagnóstico de obesidade é através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) — comenta o médico.
Basicamente, o IMC é um cálculo que consiste na divisão do peso da pessoa, em quilogramas, pelo quadrado da sua altura, em metros. Quanto maior é o índice de massa corporal, maior é a possibilidade de a pessoa estar em uma situação de sobrepeso, ou, já possuir algum grau de obesidade. No entanto, para esses casos, o caminho mais recomendado é procurar um médico que fará todo o acompanhamento do paciente.
— É preciso diferenciar o que é o desejo social de perder peso da necessidade de perder peso. Esse processo precisa ser gradual, ou seja, quando diagnosticada a obesidade, a melhor coisa a fazer é procurar um profissional sério, correto e que trate a condição com respeito — destaca Felipe.
Felipe Jose Koleski
CRM: 7161
Para saber mais sobre essas e outras condições, acesse o site do Hospital Santa Catarina de Blumenau.

Portal G1 SC



Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/hospital-santa-catarina-blumenau/noticia/2023/09/26/indice-de-obesidade-aumenta-entre-os-jovens-aponta-pesquisa.ghtml


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