21/09/2021 às 19h41min - Atualizada em 21/09/2021 às 19h41min

Tornado F1 atinge interior de SC e quebra árvores ao meio

Fenômeno, capaz de arremessar um carro para fora da estrada, arrancou árvores, derrubou postes e destelhou casas no começo da manhã desta terça-feira (21)

Marcos Antonio - Marcos Imprensa
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Fotos mostram árvores caídas no interior — Foto: Belos FM/Divulgação/ND

O meteorologista Piter Scheuer acredita que mais um tornado atingiu a região Oeste de Santa Catarina, mas desta vez o interior de Seara, a cerca de 45 km de Chapecó, no início da manhã desta terça-feira (21).O cone do tornado atingiu a linha Celso Ramos. O meteorologista acredita que o fenômeno foi de categoria F1 na escala Fujita, com força moderada, mas suficiente para arremessar um carro para fora da estrada.

Scheuer analisou imagens que evidenciam a “assinatura” do tornado. As fotos mostram dezenas de árvores derrubadas e quebradas ao meio. Os dados foram enviados à Defesa Civil de Santa Catarina.

“Através da vegetação, imagens de radar e a estrutura da atmosfera, acredito que um tornado atingiu no interior. Isso também por conta da propagação de área de instabilidade associada ao deslocamento de uma frente fria,  o que reforçou a propagação de uma supercélula”, detalhou Scheuer.

A força do vento provocou a interrupção do fornecimento de energia elétrica em diversas comunidades do interior. Algumas casas foram destelhadas. Na cidade também houve destelhamentos, queda de árvores e falta de luz. Não há registro de pessoas feridas. O bairro mais atingido foi o Garghetti, onde houve incêndio na rede elétrica, por conta de um raio, e destelhamentos.


Na linha Rui Barbosa um chiqueiro foi destelhado.  Entre Sagrado Coração e Ariranhazinha dezenas de eucaliptos foram retorcidos e derrubados pelo vento. Algumas árvores foram arrancadas. A estrada entre as comunidades chegou a ficar boqueada, mas agora está liberada.  Outras comunidades também foram atingidas. Técnicos da Defesa Civil estarão em Seara para investigar uma possível ocorrência de tornado no município em função da proporção dos estragos.  A região Oeste de Santa Catarina é a segunda no planeta com maior tendência do fenômeno, por conta posição geográfica com incidência de instabilidades vindo da Argentina e Paraguai, além de outros fatores que contribuem para as ocorrências.


Tornado em Guatambu   A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou a passagem de um tornado pelo município de Guatambu, na região Oeste de Santa Catarina, na noite da segunda-feira (13), há uma semana. O fenômeno climático passou pelo município próximo das 23h e causou estragos pontuais.


Através do radar meteorológico, a equipe de meteorologia identificou traços, que são características de células de tornado. Foi utilizado também um outro produto do radar para identificar padrões de tempestades severas”, destaca o meteorologista chefe da Defesa Civil, Murilo Fretta.  O meteorologista Piter Scheuer acredita que um tornado de categoria F1 atingiu o interior do município. “Foi um tornado bem isolado, pontual, que atingiu parte de uma casa e deixou apenas danos materiais”, disse o especialista. Scheuer esteve no local na manhã da terça, coletou dados e enviou à Defesa Civil Municipal.  O morador que teve a casa destelhada conta que tudo aconteceu muito rápido. “Acordei com um barulho muito alto, até estranhei e abri a janela. Mas logo virou o vento e apareceu um redemoinho que parecia que ia levantar a casa do chão”, disse ao meteorologista.Através do radar meteorológico, a equipe de meteorologia identificou traços, que são características de células de tornado. Foi utilizado também um outro produto do radar para identificar padrões de tempestades severas”, destaca o meteorologista chefe da Defesa Civil, Murilo Fretta.  O meteorologista Piter Scheuer acredita que um tornado de categoria F1 atingiu o interior do município. “Foi um tornado bem isolado, pontual, que atingiu parte de uma casa e deixou apenas danos materiais”, disse o especialista. Scheuer esteve no local na manhã da terça, coletou dados e enviou à Defesa Civil Municipal.  O morador que teve a casa destelhada conta que tudo aconteceu muito rápido. “Acordei com um barulho muito alto, até estranhei e abri a janela. Mas logo virou o vento e apareceu um redemoinho que parecia que ia levantar a casa do chão”, disse ao meteorologista.


Entenda por que SC está no corredor de tornados Você sabia que Santa Catarina está no corredor dos tornados na América do Sul? Especialistas no assunto dizem que os estados da região Sul e Sudeste do Brasil, e de países vizinhos estão mais propensos a ocorrência desse tipo de fenômeno. Tanto que em 2020, só em SC foram confirmados três tornados.


No dia 10 de junho do ano passado um tornado deixou destruição nos municípios de Descanso e Belmonte, no Extremo-Oeste do Estado.  Já no dia 14 de agosto, a Defesa Civil de Santa Catarina confirmou a ocorrência de outros dois tornados no Estado. Os fenômenos atingiram as cidades de Água Doce e Irineópolis.  Piter Schauer, que mora em Chapecó, explica que as condições climáticas do Oeste catarinense são propensas para a formação deste tipo de fenômeno, considerado uma das ações mais severas do clima. 

“Esses fenômenos são comuns de acontecerem aqui. O Oeste é a segunda região do planeta onde mais se forma tempestades severas de toda a América do Sul, perdendo apenas para os Estados Unidos que tem grande incidência de tornados”, destacou Piter.  Como se forma um tornado? Para a formação de um tornado é preciso duas condições climáticas.

A primeira é o avanço de uma massa de ar frio e seca sobre uma massa quente e úmida, formando uma frente fria em áreas continentais e, a segunda, é a rotação do ar, que faz com que a ascensão do ar quente seja em forma de espiral.    Corredor dos tornados Para a Rede de Estações Urbanas de Climatologia de São Leopoldo (RS), o corredor dos tornados abrange os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro, centro-norte da Argentina, sul da Bolívia, Uruguai e Paraguai.

  O Brasil se localiza no 2º lugar mais propício para ocorrência de tornados no mundo, atrás apenas do Corredor de Tornados norte-americano. Estima-se que nessa área são gerados mais de 300 tornados por ano e há mais de 1.000 registrados na história da Argentina. 
 


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