25/11/2021 às 14h16min - Atualizada em 29/11/2021 às 00h00min

Outra doença masculina para ficar de olho

Além do câncer de próstata, a hiperplasia prostática merece atenção dos homens não só em novembro, mas o ano todo

SALA DA NOTÍCIA Marcelo Dias Moreira

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A hiperplasia prostática benigna (HPB), também conhecida como aumento prostático benigno, é um problema urinário comum que afeta os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. Ela dificulta o ato de urinar, piorando a qualidade de vida de milhões de homens no mundo todo.  A hiperplasia prostática benigna é o tumor não-canceroso (benigno) mais comum no homem.
Ricardo Procópio, cirurgião vascular da Clínica Intervascular, de Belo Horizonte, ressalta que o homem que sofre de HPB não tem predisposição a desenvolver câncer de próstata. Por outro lado, é possível ter HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo. “Felizmente, existem tratamentos eficientes para este problema urinário, inclusive tratamentos não-cirúrgicos”, garante.
Por que a hiperplasia prostática benigna causa problemas urinários?

A HPB se desenvolve quando as células da próstata crescem, aumentando o tamanho da glândula. Este aumento acontece de forma lenta e gradual. “A maioria dos homens não sabe que tem hiperplasia prostática benigna até que a glândula tenha crescido o suficiente para causar sintomas”, explica Procópio.

O primeiro sintoma de HPB que a maioria dos homens apresenta é a alteração do fluxo urinário. “Uma razão para isto é que quando a próstata começa a aumentar, ela comprime a uretra, tornando-a mais estreita e fina e reduzindo o jato urinário. A HPB também pode causar alterações na parede muscular da bexiga”, afirma o cirurgião vascular.

Tratamento
Com a evolução da tecnologia, as intervenções ficaram cada vez mais poderosas, deixando menos dano ao paciente. Todavia, o tratamento adequado para cada caso precisa ser decidido com o médico que o acompanha. Procópio afirma que medicamentos de uso oral são indicados para relaxar os músculos da bexiga ou diminuir o tamanho da próstata. Este é o tratamento inicial, mas caso ele não surta o efeito desejado, segue para as opções cirúrgicas.”

Uma destas opções é a Embolização da Próstata, uma técnica nova, pouco invasiva e que permite uma recuperação rápida do paciente, que consiste em obstruir um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue na região. “Por meio de um cateter são inseridos microesferas, que parecem grãos de areia, nas artérias que irrigam a próstata. Isto bloqueia a circulação de sangue para a glândula. Assim, a próstata diminui de tamanho e o paciente volta a ter uma micção normal”, afirma. Para o cirurgião vascular, esta é a opção mais indicada por ser menos invasiva e com menos efeitos colaterais.

Outra possibilidade é a Ressecção Transuretral da Próstata, uma cirurgia que remove parte da próstata que causa os sintomas, através de instrumento cirúrgico introduzido pelo canal da uretra. “Após a operação, é colocado um cateter na bexiga para drenar a urina, durante aproximadamente três dias”, garante. “Ainda existe uma outra opção, a Prostatectomia Radical, na qual os tecidos da próstata são extraídos através de cirurgia aberta, através de uma incisão na região abdominal. Ela possui alguns efeitos colaterais, como a incontinência urinária e a disfunção erétil, a impotência”, explica Procópio.
 


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