Estamos em um momento difícil de nomear: ao mesmo tempo em que já começamos a olhar pelo retrovisor os piores períodos da crise pandêmica, ainda soa estranho falarmos em “pós-pandemia”. Não estamos mais confinados dentro das nossas casas, lidando com a dificuldade de organizar uma rotina, aliando as demandas familiares e laborais, e de controlar o medo de se contaminar pela COVID-19 a todo tempo. Porém, depois da tempestade, ainda restaram alguns impactos - especialmente na saúde mental.
Muitas pessoas ainda estão enfrentando dificuldades emocionais que “afloraram” durante os piores momentos da pandemia, seja pelas perdas materiais, afetivas, sociais ou econômicas. Diante desse cenário, podem ser destacadas algumas tendências em saúde mental, que surgiram para melhorar a qualidade de vida das pessoas nos mais diferentes contextos (trabalho, família/vida pessoal e educação):
NO TRABALHO
1 - Saúde mental dos trabalhadores
Este é um item obrigatório na linha orçamentária das empresas, através da definição de ações orientadas para o bem estar psicológico e programas estruturados de educação em saúde mental no local de trabalho. Implementação de monitoramentos sistemáticos de saúde mental, com auxílio de tecnologia, para rastrear os riscos psicológicos e agir preventivamente, reduzindo custos com afastamentos e perda de produtividade.
2- Trabalho family friendly
A sobreposição de papéis no home office tem promovido mudanças nas empresas, tais como programação flexível, benefícios adicionais focados nos pais e mães, auxílio-creche e/ou auxílio para cuidadores.
NA FAMÍLIA E VIDA PESSOAL
3 - Saúde mental na “mesa de jantar”
As pessoas têm falado mais abertamente sobre como se sentem e sobre suas emoções, ajudando a resolver problemas de forma precoce.
4- Atenção voltada para à saúde integral
Cultivar hábitos saudáveis, incluindo buscar uma saúde mental equilibrada e uma vida com propósito, passou a ser a prioridade de muitas pessoas. A perspectiva de saúde integral - que une a física e a mental, provou ser a mais correta. Afinal, sem saúde mental, não há saúde.
NA EDUCAÇÃO
5 - Priorização da saúde mental dos professores
Afinal, eles foram muito demandados no período pandêmico, com as mudanças devido ao ensino remoto e a sobrecarga de trabalho.
6 - Educação em saúde mental
As escolas e corporações mais alinhadas com as necessidades do período pós pandêmico têm investido recursos para apoiar a saúde mental das crianças e jovens e ajudá-los a conhecer mais sobre suas emoções, reduzindo a evasão e a prevalência de transtornos mentais. Em especial, os alarmantes índices de suicídio entre adolescentes.
*Ana Carolina Peuker é fundadora e CEO da Bee Touch, mental healthtech pioneira na mensuração, rastreamento e predição do risco psicossocial e em avaliações psicológicas digitais. A especialista em Psicologia Clínica realizou Mestrado, Doutorado e Pós Doutorado no Laboratório de Psicologia *Experimental, Neurociências e Comportamento (LPNeC), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, fez o Pós Doutorado no Grupo de Estudos Avançados em Psicologia da Saúde - GEAPSA (UNISINOS). Quanto ao currículo, foi professora do Instituto de Psicologia da UFRGS. Ana Carolina é membro da Comissão de Avaliação Psicológica (CAP) e do Grupo de trabalho em avaliação psicológica dos riscos psicossociais do Conselho Regional de Psicologia do RS (CRP/07) e integra o Grupo de Trabalho de Enfrentamento à COVID-19 da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP).
Sobre a BeeTouch:
A Bee Touch, mental healthtech pioneira na mensuração, rastreamento e predição do risco psicossocial e em avaliações psicológicas digitais, possui tecnologia com algoritmo proprietário para que os riscos psicológicos possam ser rastreados digitalmente para garantir a predição e o controle de processos, eventos, situações que podem causar danos às pessoas e ao ambiente. Os riscos psicológicos devem ser prevenidos e geridos, da mesma forma lógica e sistemática que outros riscos de saúde e segurança no local de trabalho, independentemente do tamanho ou tipo de empresa. Ao seguir uma metodologia bem definida é possível assegurar que os riscos psicológicos estão sendo avaliados, monitorados e prevenidos e que ações custo efetivas sejam tomadas.