A partir do dia 1º de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout passa a ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso” - ou seja, uma doença ocupacional. No texto anterior, ela era classificada como um problema de saúde mental e um quadro psiquiátrico.
Se antes o Burnout já preocupava a área de Recursos Humanos das empresas por conta da sensação de esgotamento, eficácia profissional reduzida ou descontentamento com o trabalho, agora a síndrome apresenta também um risco para a área jurídica e financeira da companhia.
Em um levantamento da Kenoby, realizado com profissionais de recursos humanos, 93% deles disseram que as empresas ainda ignoram as questões de saúde mental. Entre os entrevistados, 53,4% não sabiam dizer se a empresa pretende investir em saúde mental. Outros 35% responderam que o investimento virá em menos de um ano.
Em março de 2020, quando a pandemia atingiu o Brasil, muitos profissionais tiveram que adotar o modelo de trabalho remoto. A adaptação ao home office resultou no esgotamento profissional de grande parte das pessoas, que tiveram horários desrespeitados em uma rotina com chamadas de vídeos e cobranças fora do período de trabalho. Agora, no momento em que as empresas se preparam para retornar ao escritório, é preciso tomar cuidado para não sobrecarregar novamente os funcionários, que passarão por uma nova adequação.
Por isso, listamos cinco dicas para gestores ajudarem colaboradores a evitar o esgotamento profissional no retorno ao trabalho presencial:
Evite entrar em contato com funcionários após o expediente
Permita que as pessoas recarreguem as energias e se desconectem do trabalho após o expediente. Não envie mensagens no Whatsapp dos colaboradores fora do horário comercial e deixe as demandas de última hora para o dia seguinte. Todas as ações que impossibilitam o descanso e não são urgentes, devem ser evitadas.
Crie espaços para feedbacks
Forneça canais para conversas e encoraje as pessoas a buscarem ajuda, antes de chegarem no estágio de exaustão. Incentive os colaboradores a falarem sobre seus problemas profissionais em feedbacks de rotina. Isso é importante para identificar os primeiros sinais de burnout.
Ofereça recursos para apoio psicológico
Programas corporativos de saúde mental podem ajudar o profissional a enfrentar desafios e se fortalecer, alcançando melhores resultados no dia a dia do trabalho. Para isso, existem diversas formas de conversar sobre o assunto com o público corporativo, seja por meio de ações pontuais, programas com profissionais especializados ou ferramentas voltadas para o bem-estar como o aplicativo do Glorify, que disponibiliza conteúdos exclusivos em áudio e texto focados em bem-estar, como meditações para lidar com a ansiedade e reflexões para relaxar e dormir melhor
Incentive a prática esportiva e atividades
Embora a prática de esportes e atividades (físicas ou mentais) não estejam ligadas diretamente ao trabalho, é sabido que elas auxiliam na saúde e bem-estar das pessoas. Portanto, incentive os funcionários a praticar exercícios físicos, ou até mesmo estudar uma língua ou tocar um instrumento.
Promova uma cultura corporativa positiva
É fundamental promover uma cultura corporativa que transmita “segurança psicológica” e bem-estar. Ambientes com maiores níveis de ansiedade e estresse fazem com que as pessoas tenham perspectivas mais negativas e não consigam atuar de forma assertiva na resolução dos problemas. Às vezes as cobranças exageradas fazem com que os colaboradores tenham alto nível de estresse e passem a produzir menos do que podem.