Todos os anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita o início do verão, período em que estamos naturalmente mais expostos ao sol, para promover a campanha de prevenção ao câncer de pele, o “Dezembro Laranja”. Isso porque a maior parte das lesões da pele estão relacionadas à exposição ao sol: a radiação ultravioleta (UV) penetra na pele e pode causar danos ao DNA, tornando as células cancerígenas. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.
Os dados sobre a doença são significativos e reforçam a necessidade de prevenção. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 33% dos diagnósticos de câncer são relacionados à pele e cerca de 185 mil novos casos surgem a cada ano. Esses danos podem ser causados tanto pelo efeito cumulativo devido à exposição ao longo dos anos, como de forma aguda, com queimaduras, ardor e vermelhidão. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos, não cancerosos, manchas e fotoenvelhecimento.
Infelizmente, o efeito cumulativo do sol não é reversível, mas já sabemos que há medidas fotoprotetoras eficientes, que conseguem minimizar esses danos e favorecer a saúde da pele e que são recomendadas pela SBD:
Usar protetor solar de amplo espectro (UVA e UVB), de fator de proteção 30, no mínimo;
Evitar os horários de maior incidência solar, das 10h às 16h;
Aplicar todos os dias, inclusive quando estiver nublado, porque a radiação passa pelas nuvens;
Reaplicar a cada três horas, se entrar na água ou se transpirar muito;
Usar a quantidade adequada: uma colher de chá rasa para o rosto e 3 colheres de sopa para o corpo;
Incluir outros meios de proteção na praia, como guarda-sol, chapéus com abas largas, óculos com filtro UV e roupas que cubram o corpo ou com proteção UV
Essas medidas ajudam também a prevenir o envelhecimento precoce da pele. “Identificamos um aumento de demanda por produtos de uso diário que incluem filtros solares em suas composições, o que é ótimo para garantir que a fotoproteção da pele entre na rotina de cuidados pessoais”, afirma Vinicius Bim, especialista em inovação de Personal Care da BASF. “Os brasileiros preferem produtos que tenham um bom sensorial, que sejam mais leve, livres de oleosidade, mas protetores solares com cor e multifuncionais também continuam como tendência”, considera.
Durante a pandemia a proteção a contra a luz visível ou, mais especificamente contra a luz azul, proveniente dos equipamentos como computadores, smartphones, também ganhou importância. Embora os danos causados pela contínua exposição às telas seja muito menor que a quantidade de danos causados pela luz visível que vem do sol, ela estimula a produção de radicais livres e de melanina, gerando envelhecimento, linhas finas e manchas.
“Produtos com cor realmente geram uma maior proteção contra a luz visível e quanto maior a cobertura, mais proteção. Entretanto não são produtos que são bem aceitos por todos os tipos de público e consumidores com suas diferentes necessidades e tipos de pele. A combinação de ingredientes que diminuem parcialmente a transmissão da luz visível, sempre associada a ativos que diminuem os danos causados por esta luz, tem sido uma saída bastante utilizada pela indústria cosmética para atender esta demanda de mercado”, explica Vinícius.
Segundo o especialista, os fotoprotetores nacionais são excelentes, seguem normas internacionais para garantia de segurança e eficácia nos mais altos padrões, o que garante a segurança do consumidor brasileiro. Portanto, são vários os motivos para confiar na ciência e aderir à proteção, que é a palavra-chave para combater o câncer de pele.