10/01/2022 às 14h42min - Atualizada em 12/01/2022 às 00h01min

Ensino a distância para saúde: uma nova realidade prática e responsável

Vinícius Bednarczuk de Oliveira (*)

SALA DA NOTÍCIA Vinícius Bednarczuk de Oliveira

Laboratório modelo de práticas presenciais dos cursos de saúde em EAD da Uninter

O mundo vislumbrou um crescimento exponencial da tecnologia nos últimos anos, somado à popularização da internet, que oportunizou milhares de pessoas, de qualquer lugar do mundo, realizar conexões com outras pessoas, aprender, ensinar, se entreter. O livre acesso à internet contribuiu para o aumento do número de pessoas que escolhem fazer os mais diversos cursos, participar de palestras e de eventos on-line, trabalhar, além de ampliar seus conhecimentos e cursar uma graduação ou pós-graduação, através da educação a distância (EAD), que vem crescendo cada vez mais no país.

 

No início de 2020, juntamente com o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, a internet foi, para muitos, a detentora de grande parte do tempo do dia. Do trabalho ao estudo, da diversão ao seriado, da informação ao entendimento sobre o cuidado, ela contribuiu para que pudéssemos nos manter atentos ao que estávamos vivendo e, ao mesmo tempo, manter nossas atividades profissionais e acadêmicas.

 

Neste ínterim, muitos que antes não consideravam a importância incontestável dos profissionais da saúde (por, provavelmente, nunca terem tido a necessidade de desfrutar dos serviços prestados), foram às janelas aplaudi-los. Cantamos para os enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos e tantos outros profissionais que, vestidos de branco, foram peça chave para que pudéssemos vencer a pior pandemia já vivida nos últimos tempos.

 

Antes disso, o ensino EAD já havia iniciado sua caminhada, ainda que sendo questionada, muitas vezes por preconceito ou até mesmo pela falta de conhecimento sobre o funcionamento destes cursos. Os que acham ser fácil cursar uma graduação ou pós-graduação a distância se enganam. Os alunos desta modalidade necessitam estabelecer uma rotina firme de estudos para que possam acompanhar o curso escolhido e realizar as atividades propostas na grade curricular.

 

Muitos cursos na área da saúde, neste período, surgiram credenciados nesta modalidade, sendo os mesmos ofertados com diferentes nomes: híbrido, flex, semipresencial, entre outras nominações. Isso significa que os alunos têm parte do ensino de maneira virtual e outra parte de maneira presencial. Os que optam pelos cursos da área da saúde e se formam necessitam realizar as atividades práticas essenciais para a formação exigida. Sem isso, não o ensino não é concluído nas instituições de ensino superior qualificadas.

 

Como docente, vejo que nos últimos 50 anos tivemos grandes avanços nas mais diversas áreas, incluindo na maneira de se relacionar e aprender. Entre as conquistas estão o fato de o aluno assistir as aulas nos horários e local que for mais conveniente para ele, incluindo os que moram em áreas mais distantes. O deslocamento fica reservado para os dias de aulas práticas, inclusive para os que moram em cidades pequenas. Um ganho para os alunos dos cursos de saúde, tanto de graduação quanto de pós.

 

É um caminho significativo para o aumento do número de profissionais da área da saúde, hoje bem abaixo do que estabelece os critérios de organismos internacionais e das necessidades previstas. Além disso é a chance para os menos favorecidos e moradores dos rincões brasileiros possam terem a oportunidade de se tornar um profissional da saúde e ajudar suas comunidades.

 

Vinícius Bednarczuk de Oliveira é farmacêutico, Doutor em Ciências Farmacêuticas e Coordenador do Curso de Farmácia do Centro Universitário Internacional UNINTER.


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