Em um caso chocante que abalou a comunidade de Caçador, no Meio-oeste, um homem foi condenado a 58 anos e quatro meses de reclusão por abusos sexuais continuados contra sua enteada, que começou quando ela tinha apenas 11 anos. A gravidade dos atos, que resultaram na gravidez precoce da vítima aos 12 anos, levou a Vara Criminal da comarca a determinar não apenas a prisão severa do réu, mas também uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.
De acordo com o processo, o réu aproveitava momentos em que estava sozinho com a menina e a confiança que sua mãe depositava nele para cometer os crimes. Os abusos ocorreram em diversas ocasiões, incluindo dentro de casa e em um caminhão. Durante esse período sombrio, o homem manipulou e intimidou a menina para que ela não contasse nada sobre os abusos, ameaçando fugir com ela e com a criança se alguém descobrisse.
Como resultado desse ciclo de violência e coerção, a vítima desenvolveu sérias crises de ansiedade e automutilação. O processo tramita em segredo de justiça e ainda pode ser objeto de recurso no Tribunal de Justiça. A condenação traz à tona não apenas a necessidade de proteção das vítimas, mas também um alerta sobre os danos psicológicos profundos que esses abusos podem causar.