18/01/2022 às 13h51min - Atualizada em 20/01/2022 às 00h00min

Uso da cannabis pode interferir no tratamento contra o câncer, alerta médico da Unifesp

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que estudos com canabinóides ainda são inconclusivos

SALA DA NOTÍCIA Emilly Santos

Divulgação
O uso da cannabis pode interferir no tratamento oncológico, principalmente para pacientes que passam por imunoterapia. “Uma das substâncias dessa droga pode ser encontrada em alguns tipos de câncer e seu consumo deve ser comunicado ao médico para avaliar os impactos no tratamento”, alerta o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (chefe do laboratório de melanoma), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

A cannabis tem duas substâncias com forte atuação no organismo. A primeira é o tetrahidrocannabional (THC), que causa efeitos alucinógenos nas pessoas. A segunda é o canabidiol (CBD), que tem potencial para provocar efeitos múltiplos no paciente. “Dispomos de outras terapias que trazem melhores resultados”, explica o oncologista.

O pesquisador da Unifesp esclarece que os estudos científicos com essa droga ainda são inconclusivos e não garantem um tratamento seguro para os pacientes com câncer: “Uma das linhas de pesquisa mostra que os canabinóides atuam como supressores dos tumores. Porém, outros estudos apontam que sua ação anti-inflamatória bloqueia o sistema de respostas do corpo ao câncer”.
 
“Pacientes apontam alguns benefícios no uso da cannabis no tratamento contra o câncer como na administração da dor, nos eventuais efeitos colaterais da quimioterapia, entre outros. É importante ressaltar que outros medicamentos mais seguros trazem os mesmos resultados”, enfatiza o oncologista.

Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
 
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO). 
 
Dr. Ramon de Mello é oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP.
Confira mais informações sobre o tema no site https://ramondemello.com.br/
 
Informações para a imprensa:
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Edmir Nogueira – [email protected] – (11) 98937-3503  
Marco Berringer – [email protected] 

 


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